terça-feira, 6 de abril de 2010

Memorial

Entrei na escola com seis anos de idade. Nessa época, morávamos em Formigueiro, RS, e a escola ficava longe de casa. Eu caminhava uns 10 minutos sozinha até chegar à casa de um colega. Daí, em diante, íamos, os dois, caminhávamos mais uns 15 ou vinte minutos. Nossa turma era grande, porém apenas três meninas entre uns vinte meninos. A professora era de uma paciência grandiosa. Trabalhávamos com uma cartilha, e eu gostava muito de explorar aquele livro, pois era o único que tinha em casa.
Lá pelo mê de outubro, nos mudamos de cidade. Fomos morar em São João do polêsine, RS. Na nova escola, eram quatro séries juntas na mesma sala. A professora se dividia entre a sala de aula, direção, cozinha e atendimento aos pais. Lembro que não gostava daquela situação. Era muita conversa. A leitura er ado livro, que agora já havia mudado. Ler era decodificar. Ninguém lia histórias na escola, nem em casa. Apesar disso, eu sempre gostei d eler. Lia tudo e de tudo. Lia duas ou três vezes o memso gibi que conseguia emprestado. Recordo que o primeiro grande livro que eu li foi "O menino do dedo verde". Gostei tanto que o li duas vezes. Depois desse, passei a ler outros tantos que chegavam até mim por empréstimos.
Hoje, leio textos teóricos, embora gostaria de ler livros de literatura pelo simples prazer de ler. Alguns de meus alunos leem muito e eu procuro incentivá-los sempre. Eles também escrevem, não somente para mim, pois procuro expor seus trabalhos.
Preocupo-me muito em mostrar aos alunos que a leitura e a escrita não são atividades somente da escola, somente para a escola. A escrita não pode ser somente avaliação, ela deve ser uma forma de despertar no aluno, e no professor, a capacidade de criação, de autonomia e de liberdade.

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